terça-feira, 24 de setembro de 2013

Buenos Aires - Parte II - Adiós Palermo


Após dois dias desopilando em Palermo, chegamos à conclusão de que a melhor dica para aqueles que pensam em passar cinco dias e quatro noites em Buenos Aires é hospedar-se ali mesmo, em um hotel como o que escolhemos – excelente localização, piscina climatizada e acomodações mais modernas – e visitar outros bairros de interesse histórico e cultural nos dois dias inteiros restantes através do Buenos Aires Bus. A possibilidade de adquirir um bilhete que dê direito a utilizá-lo por 48 horas e seu sistema “hop on-hop off” garantem mais conforto e menos preocupações em relação a táxis ou quanto ao uso de transporte público. Infelizmente, por conta da previsão do tempo que prometia chuva para nossos últimos dois dias na cidade, já hospedados na Recoleta, optamos pelo bus turístico por apenas 24 horas, das quais aproveitamos menos do que de fato é possível, tamanho o frio que fazia a esta altura do campeonato.


Antes de continuar a jornada com a mudança de bairro e conseqüentemente de hotel, registro aqui algumas considerações sobre os momentos que passamos em Palermo. Geralmente escolhemos diárias que incluam o café da manhã, mas sinceramente não tê-lo enquanto hospedados no Awwa Suítes & Spa nos fez escolher uma panadería a algumas quadras do hotel, onde comemos nossas media-lunas e facturas ao melhor estilo portenho: saboreando calmamente o desayuno sentados em uma mesinha na calçada e cercados por árvores. Recomendamos.


Mas nem tudo são flores. Saber se defender da esperteza do nativo que tenta se aproveitar da sua condição de turista e na língua local é a prova de que nada mais pode dar errado na sua viagem, pelo menos nada que dependa de você, não é, São Pedro? Escolhemos um restaurante modesto ao sair do Zoológico e optamos cada um por um combo que incluiria uma sobremesa. Quando a conta chegou cobrando as mesmas à parte, a surpresa: as que havíamos escolhido não faziam parte do pacote. Respeitar a hierarquia de reclamar com garçonete e posteriormente com o gerente não bastou. Tivemos que agüentar o olhar petulante do proprietário que tentou nos levar no bico, mas que depois de longos minutos de argumentos nossos, teve que ceder. Não é uma questão financeira, é uma questão de honra e respeito.


Por fim, não deixem de provar as empanadas do Bakano, sugestão da minha querida amiga Agustina, que nos levou até lá na nossa primeira noite em Buenos Aires. Na minha opinião, um forte concorrente à melhor empanada de Buenos Aires. 


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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Buenos Aires - Parte I - Palermo


Visitar Buenos Aires significa muito mais do que comprar um pacote de três dias e deixar que a agência de viagem hospede você em um hotel no centro da cidade. A capital federal da Argentina vai muito além do que a maioria dos brasileiros conhece e fazer parte da rotina do cidadão local é um prazer à moda européia que abrange desde as longas caminhadas em suas ruas planas e largas avenidas, parques e monumentos imponentes, refeições apreciadas sem pressa em restaurantes e cafés aconchegantes, ou simplesmente um fim de tarde sentado em uma de suas muitas praças com um bom Malbec. Buenos Aires exala cultura, nos envolve com seu charme e em tempos de crise econômica local é, sem dúvida, um destino bastante convidativo para aqueles que, como nós dois, decidem sair dos padrões do turista brasileiro e ao invés de compras, procuramos fazer parte do cotidiano portenho por uma semana a fim de registrar aqui dicas que valham a viagem.


Decidimos passar os dois primeiros dias de Buenos Aires hospedados em Palermo, bairro nobre de poucos turistas e, portanto, assédio nulo de pedintes ou cambistas de rua. Escolhemos a dedo o Awwa Suites &Spa, a poucos metros do Parque Palermo e feito o reconhecimento do bairro, seguimos para uma tarde de sol e calor no encantador Jardín Japonés ($ 24 por pessoa). 



Nestes dois dias em Palermo ainda percorremos o Jardim Botánico com sua arte em forma de esculturas encravada em suas alamedas e bosques, o Jardín Zoologico e a proximidade entre visitantes e atrações ($ 75 por pessoa e $ 25 o saco pequeno de ração com a qual se pode alimentar diversos animais ao longo do percurso), e El Rosedal, um parque de paisagismo clássico e que conta com uma ilhota onde enamorados sempre encontram o clima ideal para apreciar um pouco de romance. 




Não muito distante dali, o Planetário e dois momentos da nossa visita: noturna – edifício iluminado e nós dois curtindo a vista e o anoitecer, bebendo um bom vinho em uma praça vizinha – e durante o dia para uma apresentação sobre constelações ($ 25 por pessoa). 




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sábado, 31 de agosto de 2013

"Para Viajar, Basta Existir"

Fernando Pessoa definiu perfeitamente a essência daquilo que nos motiva, nos impulsiona e nos alimenta a alma. Inspirados na sutileza das suas palavras, o nome do blog e a coragem de finalmente colocar no ar este espaço para compartilhar histórias com outros tantos viajantes, que assim como nós e bem definidos por Pessoa, somos nossas próprias viagens.


“A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos”. (Fernando Pessoa)